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O que fazer para reduzir os gastos com remédios

02 de agosto de 2023

Segundo a Abrafarma, os medicamentos representam 46% dos gastos de saúde das famílias brasileiras e, no caso dos mais pobres, o percentual chega a 84%. Outro indicador da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): cada brasileiro gasta, em média, 123 dólares ao ano com remédios, ou seja, mais de R$ 600,00 em maio de 2023.  

A cada aumento de preço, os gastos do remédios pesam ainda mais no bolso. Em 2023, o reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, responsável pela regulação econômica do setor, foi de até 5,6%, impactando especialmente quem faz tratamento com medicamentos de uso contínuo, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprometem cerca de 30% da renda das famílias. 

Nesse cenário, a dica é economizarna ida às farmácias. Mas você sabe como? A seguir, reunimos 6 dicas para você driblar o aumento de preço dos remédios e aliviar o peso desse item no seu orçamento. 

 

Use seu direito aos remédios oferecidos pelo SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui remédios de graça na rede pública de saúde de cada município. Para descobrir se o medicamento que você precisa está na lista do SUS,  você pode consultar a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename,divulgada pelo Ministério da Saúde, que mostra os itens colocados à disposição em todos os níveis de atenção básica e de cuidados do SUS. 

O SUS também fornece medicamentos de alto custo para o tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, artrite reumatóide, esquizofrenia, insuficiência renal crônica e quase uma centena de outras enfermidades. Esses remédios são viabilizados pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF)e também são distribuídos pelo sistema público de saúde nos estados e municípios. 

O caminho mais fácil para descobrir se o medicamento que você precisa está disponível, é acessar as listas e sites criados pelos governos locais, a exemplo do Aqui tem Remédio,da Prefeitura de São paulo, ou a Lista de Medicamentosdo Governo do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Procure o serviço público de saúde de sua cidade e conheça os requisitos.  

Para retirar o medicamento, em geral, basta levar a carteirinha SUS e a receita médica, que pode inclusive ter sido prescrita por um médico particular.

 

Aproveite a Farmácia Popular

O Governo Federal também oferece o programa Farmácia Popular do Brasil,em parceria com farmácias e drogarias da rede privada. Nele, é possível comprar remédios para diversos tratamentos – como diabetes, asma, hipertensão, rinite, além de fraldas geriátricas – com até 90% de desconto. Para isso, basta ir até um estabelecimento credenciado, que pode ser identificado pelo adesivo com a logomarca do programa, e apresentar um documento de identidade e a receita médica. 

 

Pode ser genérico?

Faça essa pergunta sempre que for ao médico e ele receitar um remédio. Optar por medicamentos genéricos ou similares pode gerar uma boa economia na farmácia. Eles possuem as mesmas composições e a eficácia dos remédios de marca, mas podem ser comprados com preços mais baixos.  

Por lei, os genéricos devem ser pelo menos 35% mais baratos do que o medicamento de referência, mas os descontos podem ser maiores, chegando até 60% em alguns casos. Caso esqueça de falar com o médico, ou você esteja providenciando o remédio para outra pessoa, converse com farmacêutico e veja se existem opções de genéricos de confiança para o tratamento. 

 

Pergunte por programas de desconto 

Possuir cadastro nas farmácias que costuma frequentar pode ser uma boa ideia, já que muitas vezes elas oferecem programas de descontos próprios ou a partir de convênios com planos de saúde.  Feito o cadastro, basta informar seu CPF sempre que for comprar um medicamento. 

A carteirinha virtual Meu INSS+ também garante descontos em remédios para aposentados, pensionistas e beneficiários da previdência social, como parte do clube de vantagens lançado em maio de 2023, pelo Ministério da Previdência em parceria com o INSS, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Para usar, acesse o site Meu INSS, clique no ícone “carteira do beneficiário” e gere a sua carteirinha. 

Alguns laboratórios também oferecem vantagens, principalmente na compra de medicamentos mais caros ou de uso contínuo. Para acessar, é necessário efetuar um cadastro nos programas de descontos mantidos dos laboratórios que fabricam cada remédio. Em muitos casos, você pode fazer isso diretamente no balcão da farmácia. 

 

Pesquise e compare preços

Para economizar na compra de remédio, faça uma boa pesquisa antes de sair de casa. Os preços e descontos podem variar bastante de um estabelecimento para outro, então, a dica é comparar os preços. Há vários aplicativos que fazem isso por você, como o Cliquefarma, o Appharma e o Consulta Remédios, entre outros. 

 

Converse com o seu médico

Muitas vezes, existem diversas alternativas para um mesmo tratamento. Fale abertamente com o seu médico e pergunte sobre as opções de remédios mais em conta que estão disponíveis para você. Em alguns casos, pode ser possível substituir um remédio mais caro por outro mais acessível, mas igualmente eficaz, mas lembre-se: o único que pode fazer essa indicação é o seu médico.  

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