O financiamento imobiliário é uma das modalidades de crédito mais buscadas pelos brasileiros que desejam conquistar a casa própria. Como o nome indica, ele é um tipo de empréstimo que pode ser usado para adquirir, construir ou reformar uma propriedade – seja ela uma casa, apartamento ou estabelecimento comercial.
O financiamento imobiliário costuma ser um empréstimo de longo prazo, estendendo-se por até 35 anos, e com taxas de juros mais baixas do que outras linhas de crédito, por uma razão simples: o imóvel fica como garantia e, caso você deixe de pagar as parcelas, o banco pode levá-lo a leilão para quitar a dívida.
Quer saber mais sobre essa modalidade de crédito? Siga lendo que vamos explicar.
Quem pode buscar um financiamento imobiliário
Para contratar um financiamento imobiliário, é preciso ter 18 anos ou mais, demonstrar ter renda suficiente para pagar as parcelas e estar com o CPF regularizado. Consulte o seu CPF gratuitamente com a gentepara saber se possui pendências em aberto com a Recovery e faça o mesmo nos principais birôs de crédito, como Serasa e SPC.
Ter um bom score de crédito, pagar as contas em dia e não possuir outros empréstimos com grandes parcelas ajudam na aprovação do financiamento. A instituição financeira poderá pedir diversos documentos, como o CPF, RG, comprovante de renda, carteira de trabalho e declaração de imposto de renda. Ela também olha os documentos do imóvel, que deve estar regularizado e em boas condições.
Quais são os tipos de financiamento imobiliários existentes?
Há diferentes tipos de créditos imobiliários no mercado. Em geral, eles são organizados em torno de dois sistemas – o SFH e o SFI, que você conhece a seguir. Há, ainda, o Minha Casa Minha Vida (atual Casa Verde e Amarela). A seguir, você sabe mais sobre eles.
Sistema Financeiro da Habitação
O tipo mais antigo de financiamento imobiliário, criado em 1964, usa recursos da poupança e do FGTS para facilitar a aquisição da casa própria e tem a Caixa Econômica como mediadora. Para acessá-lo, existem algumas regras:
- O valor do imóvel não pode ser maior do que R$ 1,5 milhão.
- O banco pode financiar até 80% do valor do imóvel.
- As parcelas podem comprometer no máximo 30% da renda do comprador.
- O financiamento pode ter taxa de juros máxima de 12% e prazo de quitação de até 35 anos.
- O imóvel não pode ter sido comprado com o uso do FGTS nos últimos 3 anos.
- O imóvel deve estar registrado no Cartório de Registro de Imóveis, ser residencial, em área urbana e estar apto para morar.
Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)
Apesar de bastante semelhante com o SFH, o SFI tem regras mais flexíveis e é ofertado por várias instituições financeiras, o que facilita a negociação na hora de contratar. Veja suas características:
- O valor do imóvel deve ser superior a R$ 1,5 milhão.
- A instituição financeira pode cobrir até 90% do valor do imóvel.
- O financiamento tem taxa de juros variável e prazo de quitação de até 35 anos.
- O valor das prestações não é limitado pela renda.
- O comprador pode ser pessoa física ou jurídica.
- O financiamento pode ser para um imóvel residencial ou comercial e não precisa ser o único no nome de quem o busca.
- O FGTS pode ser usado para abater até 80% da prestação ao longo de 12 meses, o que é uma boa alternativa caso você precise de um fôlego no orçamento durante esse período.
Programa de habitação popular do Governo Federal
O atual “Casa Verde e Amarela”, antigo “Minha Casa Minha Vida”, é o principal programa de habitação popular do Governo Federal. Ele foi criado para ajudar a população de baixa renda a ter acesso à moradia. O financiamento é destinado a famílias que têm renda bruta entre R$ 2 mil e R$ 7 mil. Veja as regras:
- O valor do imóvel não pode ser superior a R$ 264 mil.
- O financiamento tem prazo de quitação de até 30 anos.
- O subsídio do governo é de até R$ 47.500,00.
- O FGTS pode ser usado para quitar a entrada ou as parcelas do financiamento.
Como funcionam os financiamentos imobiliários
Para conseguir um financiamento imobiliário, a primeira etapa é a análise do crédito e a inspeção do imóvel. Então, é feito o contrato, que pode contar com diferentes modalidades de amortização – ou seja, você pode escolher entre as formas de pagar as parcelas e reduzir as dívidas, que podem ser negociadas com o banco. Conheça cada uma delas:
Sistema de Amortização Constante (SAC)
Esse é o cálculo de prestação mensal mais utilizado, composto por amortização e juros. Nela, o valor do imóvel é dividido de forma igual pelo número de meses do financiamento. Assim, se um imóvel de R$ 200 mil for pago em 200 meses, a amortização será de R$1.000 por mês + juros.
Aqui, o grande diferencial é a forma como a taxa de juros é calculada: a taxa incide sempre sobre o saldo devedor. Como a cada pagamento seu saldo devedor é menor, ao longo do tempo o percentual de juros cobrado vai caindo também. Isso faz com que você comece pagando um valor mais alto e, com o tempo, as parcelas vão diminuindo.
Tabela Price
Na tabela Price, o cálculo é feito para que todas as parcelas tenham um valor fixo ao longo do tempo, considerando correção monetária e juros. Assim, durante todos os meses do contrato, você pagará o mesmo valor, sem alteração. Comparado com o SAC, as parcelas calculadas pela Tabela Price são mais baixas no início, mas tendem a aumentar depois.
Sistema de Amortização Crescente (Sacre)
O Sacre é um misto do SAC e Tabela Price. Nele, temos parcelas constantes nos primeiros doze meses. Após esse período, o valor é recalculado e, como o saldo devedor é menor, o juros diminui e, consequentemente, as parcelas passam a ser menores também.
Entenda a alienação fiduciária
Em um financiamento imobiliário, o próprio imóvel é usado como garantia. Até que o comprador consiga quitar a dívida, ele fica em nome da instituição financeira que emprestou o dinheiro – ou seja, em alienação fiduciária.Na prática, isso significa que o comprador só se torna dono do imóvel depois que quitar o empréstimo.
Se o comprador deixar de pagar as parcelas, ele corre o risco de perder o imóvel, já que a instituição financeira pode vendê-lo para cobrir a dívida. Como o risco de não pagamento é baixo, é essa garantia que torna possível a oferta de melhores condições de pagamento e taxas de juros reduzidas.
Caso esteja em um financiamento com alienação fiduciária e possua parcelas atrasadas, é importante negociar rapidamente com o banco e buscar alternativas, colocando-a como prioridade.Caso contrário, corre-se o risco de perder o imóvel.
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